Estabilidade na Rede

Este artigo técnico explora a funcionalidade do monitor de tensão BVD da COEL, focando em sua capacidade de proteger equipamentos elétricos contra as flutuações e instabilidades da rede. Serão abordados os desafios impostos por subtensão e sobretensão, os princípios de funcionamento do BVD e suas aplicações práticas, demonstrando como este dispositivo é essencial para garantir a longevidade e a operação segura de sistemas elétricos em ambientes com qualidade de energia variável.

Palavras-chave: BVD COEL, instabilidade da rede, subtensão, sobretensão, proteção elétrica, qualidade de energia

 

Introdução

No cenário industrial e comercial contemporâneo, a energia elétrica é o insumo fundamental que impulsiona a vasta maioria dos processos produtivos e sistemas operacionais. A confiabilidade e a qualidade dessa energia são, portanto, fatores críticos que impactam diretamente a eficiência, a segurança e a longevidade dos equipamentos. Contudo, a rede elétrica, especialmente em regiões com infraestrutura mais antiga ou sujeita a grandes variações de carga, frequentemente apresenta instabilidades na tensão, manifestadas como subtensões (quedas de tensão) ou sobretensões (picos de tensão).

Essas flutuações de tensão representam uma ameaça constante para os equipamentos elétricos e eletrônicos. Motores podem superaquecer, componentes eletrônicos sensíveis podem ser danificados, e a vida útil de máquinas pode ser drasticamente reduzida, resultando em paradas não programadas, custos de manutenção elevados e perdas de produção. Para mitigar esses riscos, dispositivos de proteção especializados são indispensáveis, atuando como uma barreira entre a rede elétrica instável e os equipamentos sensíveis.

A COEL, uma renomada fabricante de soluções para proteção elétrica, desenvolveu a linha BV de monitores de tensão, projetada para oferecer diferentes níveis de proteção para sistemas trifásicos. Dentro dessa linha, o BVD (Monitor de Tensão com Mínima e Máxima Tensão) se destaca como uma solução focada exclusivamente na detecção e proteção contra as flutuações de tensão. Diferentemente de outros monitores que se concentram na falta ou sequência de fase, o BVD é um especialista na "saúde" da tensão fornecida.

Este artigo tem como objetivo principal explorar em profundidade o BVD COEL, detalhando seu princípio de funcionamento, suas características técnicas e as aplicações onde sua presença é crucial. Abordaremos os perigos da instabilidade da rede elétrica, os mecanismos pelos quais o BVD protege os equipamentos e exemplos práticos de sua aplicação, demonstrando como este dispositivo é uma ferramenta essencial para garantir a operação segura e ininterrupta em ambientes com qualidade de energia variável. A compreensão do papel do BVD é fundamental para engenheiros, técnicos e gestores que buscam otimizar a proteção de seus ativos elétricos e assegurar a continuidade de seus processos.

 

Os Desafios da Instabilidade da Rede Elétrica

A rede elétrica, apesar de sua robustez, está sujeita a uma série de fenômenos que podem comprometer a qualidade da energia fornecida aos consumidores. A instabilidade da rede se manifesta principalmente através de variações na tensão, que podem ser classificadas como subtensões (quedas de tensão) ou sobretensões (picos de tensão). Essas flutuações, mesmo que momentâneas, podem ter impactos significativos e prejudiciais sobre os equipamentos elétricos e eletrônicos conectados à rede.

 

Subtensão (Queda de Tensão)

A subtensão ocorre quando o valor da tensão na rede elétrica cai abaixo do limite mínimo aceitável para o funcionamento adequado dos equipamentos. As causas da subtensão são variadas e incluem:

 

  •   Sobrecarga na Rede: Quando a demanda por energia excede a capacidade de fornecimento da rede local, a tensão tende a cair.
  •   Partida de Grandes Cargas: A partida de motores de grande porte ou outros equipamentos com alta corrente de partida pode causar quedas momentâneas de tensão na rede.
  •   Problemas na Infraestrutura da Concessionária: Falhas em transformadores, linhas de transmissão ou subestações podem resultar em subtensão em determinadas áreas.
  •   Conexões Defeituosas: Fiações subdimensionadas, conexões soltas ou corroídas em instalações internas podem gerar quedas de tensão localizadas.
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Consequências da Subtensão para os Equipamentos:

  Aumento da Corrente: Em motores e outras cargas indutivas, uma queda de tensão resulta em um aumento compensatório da corrente para manter a potência, levando a um superaquecimento dos enrolamentos e isolamentos. Isso pode reduzir drasticamente a vida útil do equipamento ou causar sua queima.

  Mau Funcionamento de Equipamentos Eletrônicos: Dispositivos eletrônicos sensíveis, como computadores, PLCs (Controladores Lógicos Programáveis) e sistemas de automação, podem apresentar falhas, reinicializações inesperadas ou perda de dados devido à subtensão.

  Redução de Desempenho: Motores podem operar com menor torque e velocidade, comprometendo a eficiência dos processos produtivos.

  Falha na Partida: Em casos de subtensão severa, motores podem não conseguir partir, ou suas partidas podem ser prolongadas e danosas.

 

Sobretensão (Pico de Tensão)

A sobretensão, por outro lado, ocorre quando o valor da tensão na rede elétrica excede o limite máximo tolerável pelos equipamentos. As causas comuns de sobretensão incluem:

  •  Descargas Atmosféricas (Raios): Embora raros, raios próximos à rede elétrica podem induzir picos de tensão extremamente elevados.
  •   Manobras na Rede Elétrica: A comutação de grandes cargas ou a operação de disjuntores e chaves na rede da concessionária podem gerar transientes de sobretensão.
  •  Desligamento de Grandes Cargas Indutivas: O desligamento abrupto de motores ou transformadores pode gerar picos de tensão devido à energia armazenada em seus campos magnéticos.
  •  Problemas no Sistema de Aterramento: Um aterramento inadequado pode agravar os efeitos de sobretensões.

 

Consequências da Sobretensão para os Equipamentos:

  Danos aos Componentes Eletrônicos: Picos de tensão podem queimar circuitos integrados, capacitores e outros componentes sensíveis em equipamentos eletrônicos, resultando em falha permanente.

  Degradação do Isolamento: A sobretensão acelera a degradação do material isolante em motores, transformadores e cabos, levando a curtos-circuitos e falhas catastróficas.

Queima de Lâmpadas e Equipamentos de Iluminação: Lâmpadas incandescentes e equipamentos de iluminação LED podem ter sua vida útil drasticamente reduzida ou queimar instantaneamente sob sobretensão.

 Disparo Indevido de Proteções: Em alguns casos, a sobretensão pode causar o disparo de disjuntores e fusíveis, resultando em paradas desnecessárias.

 

Diante desses desafios, a necessidade de um monitoramento e proteção eficazes contra as flutuações de tensão torna-se evidente. É nesse contexto que o BVD COEL se apresenta como uma solução especializada, capaz de identificar e atuar proativamente para proteger os equipamentos contra os efeitos nocivos da instabilidade da rede elétrica, garantindo a integridade e a continuidade operacional.

 

Conclusão

A qualidade da energia elétrica é um fator determinante para a performance e a longevidade dos equipamentos industriais e comerciais. Em um cenário onde as redes elétricas estão sujeitas a diversas instabilidades, manifestadas por subtensões e sobretensões, a proteção proativa torna-se não apenas uma medida preventiva, mas uma necessidade estratégica. As flutuações de tensão podem causar desde o superaquecimento e a queima de motores até o mau funcionamento e a falha de componentes eletrônicos sensíveis, resultando em prejuízos operacionais e financeiros significativos.

O BVD COEL se destaca como uma solução especializada e eficaz para enfrentar esses desafios. Ao permitir a configuração de limites precisos de mínima e máxima tensão, e ao incorporar ajustes de tempo inteligentes para retardo na partida e no desligamento, o BVD garante que os equipamentos operem exclusivamente sob condições de tensão seguras. Sua atuação rápida e precisa protege os ativos contra os efeitos deletérios das anomalias de tensão, prolongando sua vida útil e assegurando a continuidade dos processos.

Investir no BVD COEL é, portanto, investir na resiliência e na confiabilidade da sua infraestrutura elétrica. Ele representa uma ferramenta indispensável para engenheiros e gestores que buscam otimizar a proteção de seus sistemas, minimizar paradas não programadas e garantir a operação segura e eficiente de seus equipamentos, mesmo em ambientes com qualidade de energia variável. O BVD COEL é, sem dúvida, um aliado fundamental na busca pela excelência operacional e pela maximização do retorno sobre o investimento em ativos elétricos.

 

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